domingo, 2 de dezembro de 2012

A noite de ontem


Ontem eu lembro de ter rodado a chave na porta, ligado o notebook e apagando antes mesmo de escutar a musiquinha de iniciação do Windows...

        Levantei um pouco tarde - 10h. Lembrei que meu dia seria bem corrido, tomei banho, coloquei uma camisa vermelha, bermuda e tênis, peguei meu passe legal e segui para o ponto de ônibus. Depois de uns 20min segui viagem rumo ao centro da cidade. Lá estava eu na janela do 303. Meus óculos protegiam minhas retinas que estavam incomodadas com a claridade daquela manhã. Muito quente. Cheguei no trabalho um pouco tarde. Nada estava como deixei no dia anterior e isso prejudicou alguns dos meus colegas, que tiveram que organizar tudo antes de iniciarmos os nossos trabalhos. Enfim, deu tudo certo. Depois das 13h fui liberado e sai direto para a Universidade Federal Da Paraíba, onde encontrei alguns dos colegas do curso de jornalismo, no CA, onde estava acontecendo uma feijoada. A festa era de boas vindas aos Feras do curso de “Rádio e TV e Jornalismo”. Poucos dos feras estavam presentes e a bagunça mesmo quem fez, fomos nós, veteranos. Entre um copo e outro de Ypioca, descobri que a bebida era cachaça e não vodka, como sempre, inocentemente, achei que fosse. (quanta ignorância) Eu e meus parceiros: Thais Vital e Guilhardo Martins, estávamos bêbados no segundo copo de bebida. Papeamos, contamos piadas, sorrimos, e ainda compartilhamos algumas putarias, olhamos algumas belas curvas das meninas que estavam remexendo seus corpos no ‘resta pé’ que tocava dentro do CA. (não posso esquecer do ancião que tocava sanfona, um senhor de mais de 80 anos que sobreviveu as 2h do show) Foi uma festa bem legal, estranha e repleta de gente esquisita. Bebidas esquisitas, brincadeiras esquisitas, e antes que eu ficasse bêbado demais, fui embora para mais uma etapa de compromisso com o meu trabalho. 5h peguei o primeiro ônibus sem ver a numeração ou o rumo do mesmo. Ainda bem que o caminho que ele seguia eu reconhecia. Desci no mesmo lugar que havia descido pela manhã. Andei um pouco, subi a longa rua da “C&A“ e lá estava eu, sentadinho, esperando a hora de passar o texto do jornal para reencontrar os parceiros na UFPB depois das 19h, logo após o subir do roll do telejornal. O câmera chegou menos sóbrio que eu, e começou a contar piadas, filosofando vida, experiências e radiologias. Eu ri muito quando ele começou a compor em tempo real uma musiquinha que falava de um burrinho barato que custava 17 reais. Kkkk Os ponteiros voaram, e logo já eram 19h. Recebi uma mensagem que dizia: “Ei!, vou pra casa porque to morta. Bj” – Comecei a rir. Eu recebendo mensagem de gente morta. Kkkk Depois reconheci o número e a “morta”, era minha parceira Thais que já não aguentava mais regar o fígado de álcool. Como eu não estava morto, saí do trampo direto para o sabadinho bom. Soube que ainda estava rolando um samba na Praça Rio Branco, no Centro Histórico. Nem pensei duas vezes e subi a rua da Espanada. A praça estava lotada. Encontrei um amigo meio chapado logo na entrada da praça. Muuuuita gente. Nunca vi a praça tão lotada e já eram quase 20h. Fomos na cachaçaria ver o movimento e lá tinham dois grupos, um reggae rolando no final da rua, e uma batucada animava os cachaceiros que faziam a festa na Philipeia. Peguei minha dose, e desci pra praça novamente. Muitas mulheres gostosas passam, e meus olhos já estavam famintos. Percebi que o meu teor etílico já tinha atingido seu ponto ‘X’ e eu já estava generoso demais pro meu gosto. Temi agarrar uma mamute novamente, então dei um tempo na cerveja, que durou apenas uns 5min. O meu amigo banhudo não estava disposto a continuar na festa sem beber. Ele pediu dois reais, comprou dois cigarros e se mandou. Depois de andar um pouco no meio da multidão, encontrei duas amigas ruivinhas que sambavam e gargalhavam sem parar. Me aproximei, e depois de abraçá-las bem forte, rimos juntos das personalidades que se faziam presentes na festa. Elza Soares, Blobeleza, e ainda um velho tarado que não tirava o olho de uma delas. 
       Quase 21h, fim do samba na praça. A multidão que sambava na “Rio Branco” começou a tomar conta do Beco, que logo ficou lotado e cheio de gente bonita (e feias também hehehe). Depois de papear bastante e encontrar alguns amigos que eu não via há um bom tempo, peguei descendo a ladeira da Borborema sem dá um passo. kkk Peguei carona com Vivi e Rebecca, e fomos falando sobre amizades. Lá estávamos... Praça Antenor Navarro. Encontrei os primos que bebericavam no ‘Espaço Mundo’ e sentei na mesa para por os papos em dia. Conversamos, rimos e depois de alguns minutos, fui comprar uma cerveja na Tia do caldinho verde. Voltei para o bar depois que sequei minha latinha, comprei algumas fichas no cartão e pedi um hambúrguer que por sinal estava delicioso. Depois de enganar o estômago, peguei algumas heinekens e já não me recordara do assunto que rolava na mesa. Fui andar um pouco e respirar o clima do outro lado. Encontrei Vivi, e ela disse que eu não estava muito legal. Arrancou a cerveja da minha mão, e claro, percebi que estava na hora de ir para casa. Falei com todos, abracei alguns e fui embora. Mais uma vez sem ver, dei a mão para o primeiro busão que passou e cheguei na integração. Comprei um salgado barato e um suco ralo de goiaba, enquanto comia, de longe meio embaçado eu tentava enxergar com clareza a numeração do meu coletivo. Ainda mastigando o ultimo pedaço do salgado, peguei o 303 de volta para casa. Depois de uns 15min cheguei em casa, abri a porta, entrei no quarto e... zzz.