sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Adorei a homenagem do google ao jornalista, poeta e compositor carioca Vinícius de Moraes. Essa semana tive o prazer de conhecer os pedaços da cidade carioca que inspirou o músico nas suas composições.

Na última terça feira(15), eu tive a honra de comemorar o centenário do poeta no Garota de Ipanema, restaurante que recebeu o nome de uma das suas mais conhecidas canções. Regado de chop, viajando no meu interior, lá estava eu no point de inspiração de Vinícius e Tom Jobim.

Lembrei do poeta que conheci nos livros. Nas rádios. Na vida. De lá saí para outro lugar, comi um pedaço amargo de pizza na Guanabara, e logo retornei para Ipanema, caminhando um pouco de madrugada pelas ruas do Leblon.

Mais um pouco pensando nas riquíssimas inquietações do poeta e eu chorava. Pois é... Pensei. Chorei! Um dia antes do dia do aniversário do meu avô Targino (Que Deus o tenha), foi impossível não pesar o coração de tristeza. Fiquei bêbado. Recitei alguns versos, e lembrei de alguns sonetos, andando na cidade carioca, recitando poemas incompletos, olhando para pessoas desconhecidas, lavando os olhos de sentimentos...

Me recordei da dialética:

"Dialética /
É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda (vida)
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste..."

Me recordei do Soneto da Separação:

"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente."

E de tantas outras lembrei...

Bebi. Chorei. E no dia seguinte a dor passou! Meu mundo voltou a girar. Com Vinícius. Com meu avô, e outros mestres que admiro. Entre eles alguns mortos, que os mantenho, e os sinto vivos.

E foi o Google que me fez lembrar da noite que eu tive, naquele velho dia 15 de outubro de 2013, numa das cidades mais lindas desse Brasil.



terça-feira, 1 de outubro de 2013

A voz dos "crentinos" pós-tragédia em Santa Maria

Para Crente-Cretino

Fiquei indignado com a ignorância em alguns comentários sobre a Tragédia em Santa Maria - RS. Vi comparações das mais ridículas possíveis nas redes sociais. Minha alma ficou arrepiada com as inúmeras bobagens que andei vendo por aqui. Das mais ridículas, o que mais me incomodou foram alguns posts de pessoas que se dizem cristãs. Coisa do tipo: “Se essas pessoas estivessem na igreja isso não teria acontecido.” Bando de miseráveis! Enquanto a minha estável paz humana era quebrada com as informações dos minuciosos detalhes da tragédia, meu ser levara ao mesmo tempo uma punhalada com a ousadia dos imbecis que devastaram as redes com seus pobres comentários, desestruturando ainda mais emocional/sentimentalmente as famílias, amigos, conhecidos e até mesmo aqueles que sentiram de verdade as dores morais dessa lamentável tragédia. E que tragédia! Que horror! Acredito e confio em Deus. Tenho uma verdadeira e limpa relação de criador e criatura. Conheço a palavra. Também conheço a raça dos evangélicos que se vestem de ovelhas. JOIOS QUE INSISTEM EM SE MISTURAR COM TRIGO. A raça que aprende, mas não vive a essência do verdadeiro amor ao próximo. Sabe quem são eles? Detentos de um grupo infestado de muitos loucos. ESPELHO DA SOCIEDADE QUE SE VESTE COM CAPA DE CRISTÃO. Um grupo sujo, aparentemente limpo, amável, verdadeiro e fiel. PARASITAS DA CARÊNCIA HUMANA. Capatazes e exploradores do vazio que todo mundo sente quando não se tem um Deus, ou simplesmente não acredita em um ser superior. (não generalizando, claro)
Na Igreja – onde infelizmente muitos crentinos se reúnem – eu vi o preto e o branco. Vi o lado limpo e o sujo. Observei comportamentos e avaliei as críticas. No meu silêncio eu cresci e descobri que fui sábio em me calar, comparado aqueles que julgavam o resto do mundo e até afastavam alguns que não se enquadravam no “PERFIL” da Igreja, gritando aos quatro cantos uma falsa vidinha . Lá vi de tudo. Um lugar agradável, louvores lindos, dinâmicas grupais, uma paz que todo mundo gosta de sentir. A paz que eu sinto quando falo com Deus. Ou quando engrandeço o nome do meu Deus quando o louvo. Paralelo a essa paz, vi a crueldade do homem em fingir. Mentiras descaradas. Um grupo onde a parte podre até merece um reconhecimento global. Sabe o que eu vi? Um Pastor homossexual que pastoreava a Igreja disfarçado de santo. Um homem casado com mulher e filhos, mas que no silêncio do santo gabinete da Igreja, marcava as aventuras sexuais da secreta subvida que vivia. Vi também outro pastor trocar sua mulher por uma outra mais nova. Vi o lesbianismo regendo lindos corais. Pessoas aparentemente compromissadas verdadeiramente com a vida que escolheu levar. Anos de hipocrisia. Vi e ouvi outros casos, como um caso especial de um líder braço direito de pastor, aparentemente com um casamento perfeito. Enquanto a mulher falava aos quatro cantos da benção da sua vida conjugal, o marido “FIEL“ se deitava com a mulher de um outro cara que ele (o adultero) cumprimentava com “a paz do Senhor” e ainda o chamava de irmão. Esses são apenas os casos dos líderes. É muito mais podre a mentira que vivem. A falsidade. A vaidade. E todo o resto que vive. Tudo que diz o contrário do livro sagrado, que passam anos estudando, lendo, e quanto mais o tempo passa, menos conhecem. A casa de concreto coberta com o sangue que foi derramado na cruz, é tão suja quanto o que muitos deles chamam de mundo. Tão iguais insistindo numa diferença que não existe. Tenho náuseas quando lembro de alguns destes, ou me deparo com algum carniceiro de Igreja.
Um cristão de verdade não finge. Cristão que é Cristão não apedreja o outro pelo pecado que pratica. Não tem pecado mais limpo ou mais sujo do que o outro. Pecado é pecado. E todos somos pecadores. Cristão deveria ser a criatura mais imparcial entre os viventes, mas é cada vez mais difícil encontrar um de verdade. Todos são iguais aos olhos do criador: Assassinos, mentirosos, escravos da prostituição, enfim... IGUAIS! A preocupação da parte podre é com a aparência. Com o belo. Uma absurda postura regada de ignorância e mentiras. Vi poucos amar ao próximo como a si mesmo. Esse amor eu só vi em alguns laços paternais e olhe lá. Vocês cristãos, aprendam a ser cristãos de verdade e comecem adotando o silêncio até aprender algo de verdade. Saber calar-se também é uma sábia postura de um iniciante cristão que não sabe o que é uma vida com Deus.

Deixo aqui minha revolta sem marcar ninguém e sem citar nomes. Nem de pessoas, nem de igrejas.
Que Deus tenha misericórdia da miserável vida de você que insiste em ser hipócrita, e brinca com a vida e morte dos outros, como se fossem juízes da razão e da verdade. Comigo ninguém canta de santo. Não mais.

(Texto de 2012)

A dream

Um sonho com o fim...

A vida me fez um homem forte. Meu longo processo ao ceticismo me fez aproveitar melhor o meu tempo. Encarei com coragem a rapidez dos ponteiros. Resolvi com sensatez os problemas, e, as consequências que surgiram na vivência, assumi todas sem questioná-las em nenhum momento. Aprendi com erros a não errar da mesma forma. Aprendi com os acertos que nem tudo dar tão certo, ou tão errado, mas que é impossível saber o resultado sem ousar nos passos. Encarei o arrependimento como um sentimento ruim, e, passei a guardá-lo sem associá-lo desnecessariamente à pedidos de desculpas. Sigo regras básicas e em nome da paz não faço guerra.
Passei a valorizar meus companheiros. Descobrir grandes amigos em meio a muitos colegas. Compreendi a diferença de amizade e coleguismo. Transparência e aparência. Sem querer, no meio dos nós da vida, no aperto, no problema, na boa ou na má fase, uma hora ou outra a gente descobre quem de fato é de verdade, e comigo foi exatamente assim. Abomino/­abominei a falsidade de quem nunca conseguiu entender a essência do que é fidelidade. Conheci outras crenças. Vi o mesmo Deus em diversas línguas e culturas, nas mais diversificadas representações.­ Conheci sábios, outros santos, e muitos deles com histórias semelhantes a do Jesus Cristo. Pulei do quadrado e me reconheci falho. Cheguei à conclusão que na vida, a gente deve seguir em frente sem lamentações. Aprendi a olhar para trás sem regressar espiritualmente. Meu foco, é o que ainda não conheço. O que ainda não vi. O que ainda não li. É mais do que certo todas as sábias teorias que afirmam, que passamos a vida inteira buscando conhecimento, e no final, não do tempo, mas do nosso tempo, fechamos os olhos sem nada saber. Menos ignorante, mas morremos incompleto.
Se a vida me fez um homem forte, na morte descobri minha fraqueza. Sei dizer adeus a qualquer pessoa que eu nunca mais verei. Foi assim com todos os queridos amigos que eu fiz do outro lado do mundo. E também com muitos outros do tempo de escola. Mas a morte, essa quebra minhas pernas. Sou esmagado pelo sentimento que assombra meu corpo. Eu sinto mais do que saudade. Eu vivo tudo no meu luto e me embriago de dor. Não sinto meu coração. Não consigo discernir. Não controlo reações. Eu, tão forte, dependo de forças. Viro parasita dos que conseguem sorrir, abraçar e falar. Desmorono. Sou amigo do chão. Esse lado meu, eu mesmo desconhecia, até eu perder o cara mais importante da minha vida. O cara mais brilhante do mundo. Meu avô Antonio Targino.
A vida é assim. Regada de sorrisos e lágrimas. Dotada de acertos e falhas. E a gente vai vivendo e se conhecendo. É um jogo de aprender, superar e recomeçar se for preciso. Como diz o meu grande chara Charles Chaplin: a vida pode ser maravilhosa quando não se tem medo dela. E viva vida, e todas as maneiras desgraçadas de achar que estar vivendo.
Andei sonhando com meu fim. No meu último suspiro, eu estava satisfeito e mostrava isso em um sorriso no canto da minha boca fria. Lá estava eu viajando pro infinito dotado de felicidade. O texto é um pequeno resumo de tudo que pensei hoje. Nunca foi tão agradável ver o dia com os olhos cheios de gratidão. Que coisa preciosa, essa que chamamos de vida.

As vozes

Escutei um som diferente essa manhã. Uma voz doce cantarolava uma linda canção. Eu não conhecia a letra, mas falava de amor. Abri os olhos. Levantei da cama. Segui o som. Procurei pela casa, mas os meus sensores falharam. Quando eu sentia a sensação de estar próximo, o som parecia mais forte num outro lugar.

Identifiquei a voz de uma segunda pessoa. Era tão linda a união das vozes. Com um sorriso bobo no canto do rosto, andei por todos os ambientes da casa, e logo identifiquei uma terceira voz. Nossa! A mistura daquele som transmitia coisas boas, e uma energia impar tomava conta de todos os espaços. Quanta felicidade. E eu, sorrindo!


Fechei os olhos. Escutei com o coração aquela velha canção, e o som foi ficando baixinho-baixinho, e o silêncio aos poucos retornava. 

Inspirei. Expirei lentamente e o coração batia forte. Acordei assustado. Ainda confuso, levantei rapidamente, abri a porta do quarto, e as vozes estavam ali.

Meu pai no computador do quarto, escutando uma canção antiga.

Minha mãe preparando o café da manhã, cantando, bem desafinada, uma velha canção cristã.
Minha irmã escovando os cabelos para ir ao trabalho, dançando irreverente como sempre, ao som-plástico das suas bandinhas de forró.

Na maias perfeita desordem, as vozes estavam ali.
Estava tudo ali.
Inspirei!

domingo, 29 de setembro de 2013

Fulano morreu!

E a vida segue assim: num equilíbrio de tragédias e maravilhas.
Hora boa. Hora ruim. E a todo tempo confusa. 
E o tempo todo surge o novo.
E o mais velho vai definhando. 
E não demora muito e vem o fim.

Aos corações cabem suportar as ruínas da dor. 

Ao corpo, cabe não abater-se tanto ao ponto de perder o controle. Eis o difícil trabalho da mente.
Porque esse é o destino de nós viajantes, 
E esse é o nosso destino. Nós, que já vinhemos na condição do adeus.
Adeus...
E o mundo segue.
E lá se vai mais um. 

domingo, 2 de dezembro de 2012

A noite de ontem


Ontem eu lembro de ter rodado a chave na porta, ligado o notebook e apagando antes mesmo de escutar a musiquinha de iniciação do Windows...

        Levantei um pouco tarde - 10h. Lembrei que meu dia seria bem corrido, tomei banho, coloquei uma camisa vermelha, bermuda e tênis, peguei meu passe legal e segui para o ponto de ônibus. Depois de uns 20min segui viagem rumo ao centro da cidade. Lá estava eu na janela do 303. Meus óculos protegiam minhas retinas que estavam incomodadas com a claridade daquela manhã. Muito quente. Cheguei no trabalho um pouco tarde. Nada estava como deixei no dia anterior e isso prejudicou alguns dos meus colegas, que tiveram que organizar tudo antes de iniciarmos os nossos trabalhos. Enfim, deu tudo certo. Depois das 13h fui liberado e sai direto para a Universidade Federal Da Paraíba, onde encontrei alguns dos colegas do curso de jornalismo, no CA, onde estava acontecendo uma feijoada. A festa era de boas vindas aos Feras do curso de “Rádio e TV e Jornalismo”. Poucos dos feras estavam presentes e a bagunça mesmo quem fez, fomos nós, veteranos. Entre um copo e outro de Ypioca, descobri que a bebida era cachaça e não vodka, como sempre, inocentemente, achei que fosse. (quanta ignorância) Eu e meus parceiros: Thais Vital e Guilhardo Martins, estávamos bêbados no segundo copo de bebida. Papeamos, contamos piadas, sorrimos, e ainda compartilhamos algumas putarias, olhamos algumas belas curvas das meninas que estavam remexendo seus corpos no ‘resta pé’ que tocava dentro do CA. (não posso esquecer do ancião que tocava sanfona, um senhor de mais de 80 anos que sobreviveu as 2h do show) Foi uma festa bem legal, estranha e repleta de gente esquisita. Bebidas esquisitas, brincadeiras esquisitas, e antes que eu ficasse bêbado demais, fui embora para mais uma etapa de compromisso com o meu trabalho. 5h peguei o primeiro ônibus sem ver a numeração ou o rumo do mesmo. Ainda bem que o caminho que ele seguia eu reconhecia. Desci no mesmo lugar que havia descido pela manhã. Andei um pouco, subi a longa rua da “C&A“ e lá estava eu, sentadinho, esperando a hora de passar o texto do jornal para reencontrar os parceiros na UFPB depois das 19h, logo após o subir do roll do telejornal. O câmera chegou menos sóbrio que eu, e começou a contar piadas, filosofando vida, experiências e radiologias. Eu ri muito quando ele começou a compor em tempo real uma musiquinha que falava de um burrinho barato que custava 17 reais. Kkkk Os ponteiros voaram, e logo já eram 19h. Recebi uma mensagem que dizia: “Ei!, vou pra casa porque to morta. Bj” – Comecei a rir. Eu recebendo mensagem de gente morta. Kkkk Depois reconheci o número e a “morta”, era minha parceira Thais que já não aguentava mais regar o fígado de álcool. Como eu não estava morto, saí do trampo direto para o sabadinho bom. Soube que ainda estava rolando um samba na Praça Rio Branco, no Centro Histórico. Nem pensei duas vezes e subi a rua da Espanada. A praça estava lotada. Encontrei um amigo meio chapado logo na entrada da praça. Muuuuita gente. Nunca vi a praça tão lotada e já eram quase 20h. Fomos na cachaçaria ver o movimento e lá tinham dois grupos, um reggae rolando no final da rua, e uma batucada animava os cachaceiros que faziam a festa na Philipeia. Peguei minha dose, e desci pra praça novamente. Muitas mulheres gostosas passam, e meus olhos já estavam famintos. Percebi que o meu teor etílico já tinha atingido seu ponto ‘X’ e eu já estava generoso demais pro meu gosto. Temi agarrar uma mamute novamente, então dei um tempo na cerveja, que durou apenas uns 5min. O meu amigo banhudo não estava disposto a continuar na festa sem beber. Ele pediu dois reais, comprou dois cigarros e se mandou. Depois de andar um pouco no meio da multidão, encontrei duas amigas ruivinhas que sambavam e gargalhavam sem parar. Me aproximei, e depois de abraçá-las bem forte, rimos juntos das personalidades que se faziam presentes na festa. Elza Soares, Blobeleza, e ainda um velho tarado que não tirava o olho de uma delas. 
       Quase 21h, fim do samba na praça. A multidão que sambava na “Rio Branco” começou a tomar conta do Beco, que logo ficou lotado e cheio de gente bonita (e feias também hehehe). Depois de papear bastante e encontrar alguns amigos que eu não via há um bom tempo, peguei descendo a ladeira da Borborema sem dá um passo. kkk Peguei carona com Vivi e Rebecca, e fomos falando sobre amizades. Lá estávamos... Praça Antenor Navarro. Encontrei os primos que bebericavam no ‘Espaço Mundo’ e sentei na mesa para por os papos em dia. Conversamos, rimos e depois de alguns minutos, fui comprar uma cerveja na Tia do caldinho verde. Voltei para o bar depois que sequei minha latinha, comprei algumas fichas no cartão e pedi um hambúrguer que por sinal estava delicioso. Depois de enganar o estômago, peguei algumas heinekens e já não me recordara do assunto que rolava na mesa. Fui andar um pouco e respirar o clima do outro lado. Encontrei Vivi, e ela disse que eu não estava muito legal. Arrancou a cerveja da minha mão, e claro, percebi que estava na hora de ir para casa. Falei com todos, abracei alguns e fui embora. Mais uma vez sem ver, dei a mão para o primeiro busão que passou e cheguei na integração. Comprei um salgado barato e um suco ralo de goiaba, enquanto comia, de longe meio embaçado eu tentava enxergar com clareza a numeração do meu coletivo. Ainda mastigando o ultimo pedaço do salgado, peguei o 303 de volta para casa. Depois de uns 15min cheguei em casa, abri a porta, entrei no quarto e... zzz.

domingo, 1 de julho de 2012

Férias


        Férias


         Faz tempo que não escrevo sobre nada. Levei a sério essas férias do trabalho paralelo a essa grave da universidade. Não fiz nada. Nem viajei, nem escrevi, mas relaxei a mente. Pouco produtivo talvez. Nada pra compartilhar. Essas férias foram única e inteiramente minhas. Cinco anos que não descanso. Cinco anos que não paro pra pensar em coisas simples... Na minha vida, nas minhas viagens, nas minhas experiências, nas minhas relações com o mundo, com as pessoas, comigo mesmo. Trinta dias e eu explorei eles da minha maneira. Dormi tarde, acordei mais tarde ainda. Hora incerta pra comer, Café da manhã, almoço, jantar, lanchinho blá blá blá. Hora de comer é hora que dá fome e ‘ponto’.
         Minha madrugada foi regada de filmes. Clássicos antigos e alguns lançamentos. Entre terror, suspense, comédia, ação, aventura, enfim... Nada chato de mais que não desse pra assistir até o fim, ou bom de MAIS, que deveria ter assistido antes.    

       Nada de regras. Nem pensar. Essa foi as férias de fazer o que quiser, quando quiser, com quem quiser. Trinta dias de liberdade temporária. Eu sabia que não ia demorar muito e eu teria que acordar a hora de sempre, fazer as mesmas coisas de sempre, e ser guiado pelo lembrete do celular, o dia inteiro, pra não esquecer de nada. Por que não explorar um pouco essa tão curta liberdade!?
Estou ficando mais velho. Menos maduro, mais tolerante e menos chato. Certas coisas na sua vida não têm controle. Por mais que tentemos fazer acontecer de acordo com nosso plano perfeito. Aprendi muitas coisas legais com o tempo, com a vida, com as minhas experiências e de terceiros. Por mais organizado e pretensioso que sejamos, a vida é sempre uma caixinha de surpresa. Tudo acontece naturalmente sem uma regra básica. Aquela bola de cristal que sabe das coisas não sabe é de NADA. Não passa de uma coisa, uma criação. Não passa de mais uma tentativa da mente humana de fazer as coisas dar certo, mesmo dando tudo errado. Todo mundo tem essa bolinha cristal. Planos, sonhos, metas... Tantas coisas.
Junho de 2012 passou bem rápido. Dias de chuva, alguns ensolarados. Festas juninas. Mês bem propício para as férias no nordeste. Forró do bom... Atrações nos quatro cantos da cidade. Cumpri o meu papel de nordestino, e bom paraibano. Lá estava eu na ‘Praça dos Cem reis’ (Centro da Cidade de João Pessoa) acompanhando a programação show de bola da minha cidade. Melhor que isso foi as festa no espaço mundo. ‘O menor São João do mundo’ no varadouro, Fo encerrado co chave de ouro com um show da banda CABRUEIRA. Espetacular. Sensacional. Não pude participar da quadrilha alternativa, mas o atestado não me impediu de acompanhar a festa de longe. Nem os pontos na boca de curtir a ultima música da banda. (Ninguém é de ferro).
        Revi amigos, me aproximei dos afastados, passei boa parte do meu tempo com meus parentes. Dizem que “família quando não mata aleija”. Eu sobrevivi. (Risos) Inteirinho em folha. Até mais revigorado como de costume.
        Não fiz nada que não me desse vontade. Nem fui pra lugar nenhum que eu não quisesse. Nada pra se arrepender. Nenhum feito mal feito. -“Ai! Ele teve as férias perfeitas”-Não.Mas foi legal ousar um pouco das minhas vontades, negando a maioria das obrigações que tenho que dá conta durante a minha rotina normal. Trabalho... Faculdade... Férias em um e em outro uma greve. A paralisação das universidades federais até me deixou estressado no início. Mas é um direito dos professores, dos funcionário e dos próprios alunos. E o problema é da “Presidenta” Ela que resolva. Só sei que veio a calhar essa greve, bem colada nas minhas férias. Melhor impossível.
        O que dizer dessas férias? Nada. Creio que já resumi o que eu gostaria de dizer. Foi legal. Me diverti, e estou pronto para a próxima. É isso... Se for viajar me chama. E se for beber me convida.  

(Editando-Terminar texto)